terça-feira, 18 de maio de 2010

Para Mim, "tudo é possível"

Monologando

- Andei pensando (consegui andar e pensar) sobre a inconstância da vida. Como sempre foi necessária a mudança para que a vida prosseguisse e fosse gerada. Tanto do ponto de vista micro (a vida singular), como macro (o universo, o planeta, etc) dentro das nossas escalas.

E já que o universo é das possibilidades, a mudança é uma delas. Aliás, a mais provável das possibilidades é que tudo esteja mudando agora mesmo, embora você não perceba.

Do ponto de vista mais simples, os seres vivos precisam estar mudando pra prosseguirem vivendo. Suas células precisam ser renovadas, seus ossos (se você for um vertebrado, claro) precisam aumentar de tamanho, etc. Se não, você está fadado a uma sub-vida, em diversos aspectos, sociais, biológicos, etc. Até a morte é um processo de mudança para dar continuidade à vida. Mesmo que você não queira seu corpo será transformado em nutrição para os vermes, mas para flores também.

Do ponto de vista mais universal, podemos pensar como seria se a Terra não tivesse deixado de ser aquela imensa bola de gás venenoso há bilhões de anos que as evidências apontam. "Hoje não teríamos tanta mazelas", você poderia dizer.
'Tá bom! Mas talvez não existisse.

- "Como assim, não existia o quê?"

- "Não existia o quê?" O verbo existir que eu saiba é intransitivo (confesso que fui conferir no dicionário), ou seja, não precisa de complemento. Eu existo. Tu existes. ElA existe (O que é muito bom). Nós existimos. Vós Existis. ElAs existem (O que é melhor ainda).

E quando algo existe, existe. Até o nada. O nada também existe. Não sei se é algo como a ausência de qualquer coisa. Não sei se é um vácuo, ou se é um buraco-negro. Do nada não entendo. Não entendo de nada. Mas acho que qualquer coisa o nada é. Enfim, reconheço que o nada existe. Em algum lugar ele está. Ou você nunca ouviu alguém dizer "fulano não tem nada cabeça". Isto significa que fulano poderia ter nada na cabeça, sacou? ;)
Mas se um dia você se encontrar no meio do nada. Apenas lembre-se que "nada também é possível de mudar". Ou melhor, tudo (inclusive o nada) é possível de mudar, pra ficar bem claro.



Lunático que sou.
- Essa viagem toda foi só por causa da frase que li vindo de alguém que admiro: "Nada é impossível de mudar"
- Algo inclusive parecido com aqueles slogans de igrejas "Para Deus nada é impossível".
Homens de pouca fé.

- Eu só queria que as pessoas pensassem na diferença que há entre "nada é impossível de mudar" e "tudo é possível de mudar".

Há uma diferença enorme entre essas duas afirmações. Eu acredito mais na primeira. Onde tudo é possível e tudo muda. Já sobre o nada, nada sei.

Mas que tudo é possível de mudar, isto é, inclusive o nada.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

13 de Maio

Corria o longínquo ano de 1888, quando nesta data Dona Isabel ("Bel" para os íntimos), meteu a caneta, ou melhor a pena no papel e disse que num tinha mais essa de escravidão aqui no Brasil. Boazinha ela, né? Sei não.. quase que não saía, depois de muitas outras leis é que decidiram abolir. Hoje, escravidão oficial não existe, mas a exclusão social a que se submete a maioria da população brasileira permanece, mas isso é pra outra história.
Em 1933, 45 anos depois, no mesmo 13 de Maio, nascia um baiano arretado: Waldick Soriano. Waldick era, como dizia Zé Geraldo,"gentil e sincero". Em 1978 ele lança um álbum chamado, adivinhem só, Quero ser teu escravo (rá!)

Acho, esta é a única escravidão à qual devemos nos submeter: ao amor.
Muito além do que a união a dois, Amor é algo muito amplo, que por mais que se tente explicar não há palavras para fazer isso. Aliás há várias palavras que dão o conceito de amor. Desde o ágape ao eros, acredito que o amor passa por dedicação àquilo ou àquela(e) que você ama.

Hoje, 13 de Maio de 2010, é noite de Lua Nova, e espero que as pessoas se renovem a cada dia, como a Lua, para que se libertem de seus medos e tenham coragem de procurar seu caminho e quem sabe deixar esta Terra sem se arrepender. Eu vou agora pra junto de minha nega. Até a próxima.


Qualquer dia desses vou descer as ruas
Vou entrar nos bares
Vou beber os mares
Pra criar coragem e te procurar
Vou pela Fradique cantando um bolero
Feito um Waldick gentil e sincero
Coração errante que só quer amar
Desço a Purpurina onde a tarde brilha
Sobre a minha sina sol e maravilha
Com o peito em brasa
Desejando brisa.
Na rua Harmonia escrevo um poema
O céu é um cinema
Quando finda o dia

Sou bailarino gira mundo
Poeta sem endereço
Assustado e vivido
Um menino encantado
Que sonha viver pra sempre
Na barra do seu vestido.